Não é difícil perceber que ultimamente tem sido utilizada com alguma freqüência a expressão “estudar sério” para concursos públicos, enquanto adjetivação de uma modalidade de comportamento de candidatos. Assim, os candidatos a concursos públicos poderiam ser classificados entre os que estudam de forma séria e os demais que não estudam observando esta condição.

E você, estuda de forma séria? O que significa se preparar para concursos com seriedade?
Para responder esta pergunta é preciso primeiramente definir o sentido da presente idéia. Porém, naturalmente que cada um tem o direito de definir o que seria estudar de forma séria na sua própria visão. Apesar disto, é possível estabelecer algumas compreensões universais, sendo este um dos objetivos do texto.

Assim, algumas características que podem compor o conceito de levar a sério o estudo para concursos :
- estar comprometido com o processo de preparação;
- ter disciplina, no sentido de cumprir aquilo que foi estabelecido;
- saber o que fazer a cada dia;
- encarar a preparação como um objetivo de longo prazo, sem se pautar pelos imediatismos ilusórios;
- desconfiar de soluções apresentadas como fórmulas mágicas, que prometam o sucesso cognitivo, sem a devida e necessária implementação de esforços;
- não estar em busca de caminhos fáceis, em termos de soluções que prometam a fórmula mágica do sucesso intelectual;
- estar disposto a sacrifícios, no sentido de abrir mão de convites e atividades de lazer e diversão;
- ter a devida e necessária preocupação com a gestão do tempo, bem como o seu aproveitamento de forma adequada e evitando desperdícios.

Sem prejuízo da identificação de outras características, muitas vezes o comportamento pautado pela falta de disposição para levar o estudo a sério já se manifesta nos momentos iniciais. E um aspecto importante é que, geralmente, por uma série de motivos, é justamente nestes momentos iniciais de qualquer atividade que o nível de disposição para a realização de esforços e assunção de custos tende a ser maior.

Um exemplo emblemático consiste na montagem do planejamento. Muitos candidatos querem um planejamento de estudos num estalar de dedos, sem qualquer esforço para a organização e reflexão sobre esta etapa fundamental.
E detalhe que atualmente há um forte consenso no sentido da indispensabilidade do planejamento de estudos.

Assim, montar um plano de estudos não é apenas fazer um “quadrinho de horários” no papel ou numa planilha. Por mais que se queira simplificar esta relevante etapa, a qual irá guiar o candidato em todo o seu processo de preparação, é necessária a identificação de diversas variáveis e estimativas.

Exatamente no sentido de cumprir com o referido papel se estrutura a metodologia que venho trabalhando e aperfeiçoando, a qual tem colhido vários frutos e resultados em termos de candidatos aprovados (clique aqui para ler Depoimento de Aprovado no Concurso Público de Promotor de Justiça).

Com a referida metodologia, uma série de variáveis objetivas, relacionadas ao concurso pretendido, e subjetivas, considerando as particularidades do candidato, são consideradas. E a partir daí, se estabelece não apenas uma grade de horário, de maneira lógica, racional e otimizadora de esforços, bem como metas de curto prazo e mecanismos de monitoramento e controle.

Inclusive de modo a proporcionar a adoção da ideia do “Foco no Processo”, a qual tem como base o estabelecimento e cumprimento de metas de curto prazo, até mesmo no sentido de proporcionar disciplina e minimizar angústias. (clique aqui para ler Preparação para Concurso e Foco no Processo)

No entanto, esta inteligência de planejamento de estudos tem um custo. Isto é, impõe ao candidato um ônus de análise, reflexão e raciocínio, pois não se trata de uma mera grade de horário, montada de forma arbitrária e sem critérios lógicos e racionais.
E daí vem a primeira manifestação da falta de seriedade e disposição quanto à preparação para o concurso público: a preguiça para refletir, raciocinar e se esforçar para montar um verdadeiro, adequado, sério e consistente plano de estudo!

Muitos candidatos desistem da montagem do planejamento de estudo no Sistema Tuctor, exatamente em função deste comportamento. Como o sistema contempla a adoção de metodologia consistente, não se tratando de uma mera montagem de grade, o candidato terá que fazer um esforço intelectual mínimo, no sentido da mobilização da inteligência do seu plano de estudo e do fornecimento de um conjunto de dados (clique aqui para mais informações). E daí, por parte daqueles que não estão dispostos a levar a sério os estudos, vem a desistência ao primeiro obstáculo e mobilização de esforços exigida, ainda que pequena.

A preparação para o concurso público deve ser encarada como um objetivo de longo prazo, a exigir um planejamento consistente e minucioso. Trata-se de um projeto que exige esforço, seriedade, compromisso, disciplina e outros valores, incompatíveis com a pirotecnia que alguns buscam, bem como fórmulas mágicas que tragam o milagre do sucesso cognitivo

Principalmente quando estas fórmulas não contam com qualquer base teórica e fundamento, ou tenham sido apresentadas por aqueles que sequer passaram em algum concurso de disputa e dificuldade elevada.

Sem a intenção de valorizar clichês batidos, a preparação para concursos públicos não é para fracos, preguiçosos e imaturos, que embarcam em “oba-oba” e pirotecnia. É para quem está disposto a ser forte, disciplinado, maduro e agir com seriedade.

E para você, o que é estudar de forma séria?

Fonte:  http://www.concursospublicos.pro.br/
Autor
Different Themes
Escrito por Dennis Nobre

Dennis Nobre é técnico administrativo pelo CONFEA, cedido para o orgão Crea-DF, é Bacharel em Direito, Pós graduando em Direito Público, servidor do setor de Fiscalização Externa do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Distrito Federal, foi controlador de produtividade da fiscalização Profissional do Crea-DF e hoje pesquisa e escreve sobre Constitucionalidade e tem grande interesse por toda matéria de Direito Civil, Direito Público e Penal.

0 comentários